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Papo Reto -

Papo Reto

Uma percepção de quem Deus é

28/08/2014
Quanto mais você souber sobre o caráter de Deus que nos é revelado na Bíblia, mais a reverência encherá o seu coração.

Considere alguns dos atributos de Deus. A Bíblia ensina que ele criou os céus e a terra . Longe de sermos a colisão acidental de moléculas aleatórias, você, eu e tudo em volta de nós na natureza somos o resultado direto do trabalho manual de Deus.

A Bíblia também revela que Deus é perfeitamente justo. Quase todo mundo estremece ao pensamento de que criminosos algumas vezes escapam da prisão, porque um advogado esperto comove um júri com uma história emocionante de vitimização. Mas, em última análise, ninguém deixa de ser punido. A justiça não é garantida porque os juízes terrenos não são perfeitamente sábios e justos, mas porque Deus é. Ele nunca perde um fragmento de evidência, e o seu martelo sempre bate com precisão perfeita. Se você não ver justiça aqui, tenha certeza de que a verá no julgamento final.

O Senhor também é santo . Santidade significa separação. Deus está completamente separado de e sobre toda a sua criação. Deus também está completamente separado de todas as formas de mal. O pecado não será tolerado em sua presença. Quando Isaías teve a visão do Senhor assentado no templo em Isaías 6.3, um anjo poderoso clamava para o outro, “Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória”.

As Escrituras também revelam que Deus conhece tudo o que é, que era e que há de vir. Ele é onipotente. Ele é onisciente. Ele é onipresente. Ele é um Deus de ira e um Deus de glória. O temor de Deus começa realmente a se desenvolver quando você percebe que, de fato, ficará diante desse santo e justo juiz e prestará contas de cada um dos seus ditos e feitos.

Há pelo menos três outros atributos de Deus que fazem uma profunda diferença entre a versão cristã e a não cristã do temor de Deus. Se um não cristão obtivesse uma verdadeira compreensão do ódio de Deus pelo pecado e do juízo certo que está para vir, ele viveria em puro terror de Deus. Mesmo Adão e Eva no Jardim do Éden, após a sua queda no pecado, se esconderam da presença de Deus por medo.

Um cristão, no entanto, viu mais do caráter de Deus, não apenas sua justiça e ira. Ele também viu o amor, a misericórdia e a graça divina. A combinação de todos os atributos de Deus é revelada poderosamente na cruz de Jesus. Na morte de Jesus, a justa ira de Deus contra o pecado e o seu amor, sua misericórdia e sua graça por pecadores estavam juntos, enquanto Jesus suportou a ira de Deus no lugar dos filhos de Deus.

Longe de ser uma forte contradição, um Deus a ser temido e um Deus que nos ama harmoniza-se maravilhosamente. Uma apreciação da graça de Deus, apesar de nossos muitos pecados, transforma o nosso terror do Senhor em reverência por alguém que é, ao mesmo tempo, santo e justo, bondoso e misericordioso. Essa verdade é vista tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. “Se observares, Senhor, iniquidades, quem, Senhor, sub-sistirá? Contigo, porém, está o perdão, para que te temam.” (Salmo 130.3-4) e, “Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade,
ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?”
(Romanos 2.4).

O professor Sinclair Ferguson observou sabiamente, “Uma razão pela qual sabemos tão pouco sobre tal temor filial [como de criança] é que nós não apreciamos o evangelho”. Apreciar o evangelho significa provar a amar-gura da nossa profunda pecaminosidade, percebendo a ira eterna que nos era  justamente devida, e ver, pela fé, o Senhor Jesus Cristo suportando a soma total daquela ira em nosso lugar, na cruz. Até mesmo os pecados recentes de cristãos maduros encontram o seu perdão sobre a cruz de Jesus. Os pecados que cometemos hoje, a despeito do nosso grande conhecimento bíblico e experiência da graça contínua de Deus, são muito mais sérios do que aque-les cometidos quando mal tínhamos experiência. Ainda assim, mesmo esses terríveis pecados foram subjugados pela graça de Deus, por causa da morte sangrenta de Jesus na cruz.

O primeiro componente do temor de Deus é perceber quem Deus realmente é.
O segundo passo é, na verdade, retirado de um dos atributos que aca-bamos de ver ao considerar o caráter de Deus.



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