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Papo Reto

Debata assuntos polêmicos e continue sendo cristão

Debata assuntos polêmicos e continue sendo cristão
28/02/2014
Com as novas formas de comunicação, as discussões em grupo tomaram amplitudes maiores. Defenda seu posicionamento e continue sendo cristão.

Ao conversar sobre qualquer assunto o que mais idealizamos, sem saber, é criar algum tipo de troca e escuta saudável. Ninguém quer um relacionamento truncado, aflitivo e cheio de problemas. Muitas vezes não conseguimos e aumentamos o abismo psicológico entre nós e os outros.

A ironia, em contextos de confiança, sejam na internet ou presencial, pode ser bem divertida. Quando não há confiança ou as pessoas se conhecem menos, facilmente é interpretada como agressão ou escárnio.

Dialogar cara a cara já é difícil. Eu não te ouço, você me suporta, cuspimos palavras apressadas, contaminadas por vieses dos quais nem nos damos conta e, assim, de maneira bastante rudimentar e grosseira, vamos passando o tempo.

Digitalmente é ainda pior. Além da usual falta de paciência, abertura e curiosidade com o outro, entram em campo a dificuldade em nos expressar com a escrita, angústias suprimidas, o manto do anonimato, avatares e apelidos espertinhos no lugar de nomes e fotos reais.

Se vemos sentido num espaço e gostamos de frequentá-lo, é natural estimular sua continuidade.

Ambientes sufocados por dezenas de outros agressivos, erráticos, ansiosos, histéricos e auto-centrados são tóxicos. Esses contextos diminuem a probabilidade de comentários saudáveis surgirem, cada vez mais afundando a conversa num ciclo de negatividade e agressões. Logo, todos vão embora, sem que haja qualquer troca significativa. Todos perdem, alguns poucos egos se estufam.

Uma pessoa atacada pode se sentir humilhada e sofrer bastante, conheço relatos terríveis de bullying digital. Pode revidar, tão agressiva quanto conseguir. Ou pode ser silenciada, não mais retornando à conversa e bastante ressentida.

Ironia e sarcasmo costumam ser subterfúgios com um tempero satisfatório ao ego, em tese, mais espertos do que um ataque direto. Porém, são tão devastadores quanto. Por não estarmos frente a frente, é fácil interpretar um leve tapa como um murro na boca do estômago.

Na dúvida sobre algo? Dê crédito, cheque. Abra suas percepções e explique por qual motivo interpretou a afirmação alheia de tal modo.

Raivoso? Respire fundo e vá dar uma volta. Grandes chances de, quando voltar, enxergar a questão com outros olhos.

A tendência é que os diálogos se tornem cada vez melhores por estarmos ali, “presentes”. Os laços de confiança entre as pessoas se fortalecem. Passamos a conhecer quem está do outro lado. Procuramos falar com atenção e realmente ouvir, por assumirmos de saída que nossa prioridade máxima é a comunicação, não os jogos de linguagem.

Esse é um exercício diário e nada fácil, não basta ler esse texto e magicamente absorver as letrinhas.

Para defender seu ponto de vista preste atenção nos seguintes pontos:
Opinar com humildade (“Em vindo a soberba, sobrevém a desonra, mas com os humildes está a sabedoria”- Pv 11.2)
Opinar baseado na Bíblia (“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça”- 2 Tm 3.16)
Responder com brandura (“A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira” – Pv 15.2)
Amar seu irmão mais do que amar vencer o debate (“O saber ensoberbece, mas o amor edifica” – 1 Co 8.1)



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